Páginas

8 de set. de 2011

Via Raquel Bins

Dois vídeos incríveis. O primeiro nos mostra de uma maneira divertidíssima a moda em Londres nos últimos 100 anos. O segundo, as características da Global Generation, no caso, a minha. Fico curiosa ao pensar como será a próxima geração.





1 de set. de 2011

Esquecidos


Nosso cérebro possui a incrivelmente estúpida capacidade de esquecer as coisas.

Momentos incríveis, viagens inesquecíveis, são, em parte, "esquecíveis". Lembra-se do seu aniversário, cinco anos atrás, em que você foi naquele restaurante... qual é o nome mesmo? Ah, só pode ser o italiano. Ou será que nesse restaurante foi o seu primo quem comemorou o aniversário? Em viagens, parece que o esquecimento acontece ao chegar na sua cidade de residência. A ordem das cidades visitadas, os passeios, etc, só conseguem ser lembrados com exatidão com a ajuda de fotografias tiradas e guias comprados.

Isso faz sentir-me um pouco impotente diante do nosso próprio sistema biológico. Você claramente lembra de muitas coisas, mas às vezes um amigo lhe conta histórias suas que você já havia esquecido. Você viveu o momento, ele foi marcado em sua memória com um carimbo, mas a tinta foi desaparecendo com os anos. Parece triste não é mesmo? É quase como se pudéssemos diagnosticar mundialmente um suave Alzheimer com espaços de tempo prolongados. 

Mas por um lado, até que esse esquecimento nos faz muito bem. Lembra-se quando você foi super mal naquela prova da escola, na oitava série? Provavelmente você nem lembre mais qual foi o assunto abordado. E aquele namorado que te deu um pé na bunda? Até lembra dele, mas agora não se importa mais com a história. Machucados e roxos na perna você lembra de muitos. Mas quando foi mesmo e aonde? Pelo menos agora não dói mais.

Acredito que para esse caso não-raro não exista uma cura. Esquecimento faz parte do ser-humano. Porém, quantas vezes você fez um caminho de volta pra casa no automático, sem nem lembrar das ruas que passou, ou se a padaria da esquina estava aberta? Esquecer não é ruim, não podemos controlar. Contudo, não olhar em volta e não ter consciência do que acontece, é uma questão de escolha.

18 de ago. de 2011

Conversa de elevador

Acho incrível a maneira como os animais interagem com outros da mesma espécie. Alguns se encontram aos pulos, e calorosamente recebem o novo amigo, outros são mais discretos e preferem apenas dar aquela cheiradinha. Os cachorros fazem a festa quando vêem um outro cãozinho, e juntos brincam, correm e se divertem. Talvez o animal que menos goste de encontrar desconhecidos da mesma espécie seja o ser-humano. Instantes em que esse ser é obrigado a conviver com outro tornam-se, para a maioria, momentos de angústia e desconforto. Que coisa engraçada, é só entrar num elevador com no mínimo um vizinho dentro que a nossa espécie ou ignora a presença do outro, ou tenta quebrar o gelo comentando sobre o tempo.

Prefiro aqueles que conversam sobre banalidades. Esses dias estava lendo um livro no ônibus e, tão concentrava que estava, nem reparei que uma menina havia se sentado ao meu lado. Ao chegar perto da minha parada, fechei meu livro e a menina rapidamente se levantou para dar passagem e se virou de costas para mim. Não consegui ver o rosto dela, mas pela altura e os cabelos, supus que era uma conhecida minha. A vontade dela era tanta de não ter que criar uma situação de "conversa de elevador" que a menina fez um malabarismo para não ser vista. Queremos por vezes simplesmente passar despercebidos, invisíveis por alguns segundos. No elevador com o vizinho que você não conhece bem, no parque quando vê um velho amigo, na faculdade quando encontra ex-colegas, na praia quando você mais quer é descansar, e Deus me livre encontrar o ex-namorado numa festa! E assim vamos criando uma capa invisível, que nos torna um pouco mais sozinhos e um pouco mais aliviados.

Confesso que também passo por essa "fobia de gente" algumas vezes. Mas sinto que falta um pouco de sorriso aos amigos de uma outra época, um pouco de cordialidade com os porteiros, um "tudo bem" com os conhecidos, um aceno aos velhos amigos, enfim, um pouco mais de ser humano e de pensar no outro. Você não acha?

23 de mai. de 2011

E pra ser mais chique ainda...

... não faça fofoca (ou pelo menos, tente não fazer).

Great people talk about ideas,
Average people talk about things,
Small people talk about other people.

Fonte desconhecida.

Ser Chique Sempre

Esse texto tira as palavras da minha boca. Já havia lido há tempos, mas ultimamente tem feito mais sentido do que nunca.


Ser Chique Sempre


Por Glória Kalil


"Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo
 carro Italiano.
O que faz uma  pessoa chique, não é o que essa pessoa tem,

mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.


Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
Chique mesmo é não parar na faixa de pedestre.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às
pessoas que estão no elevador.

É lembrar do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer,

ainda que você seja o homenageado da noite!

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo,

de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar,
 na mesma forma de energia.
Portanto,
 não gaste sua energia com o que não tem valor,
não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar
e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!


Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas amor e fé nos tornam humanos!"

Na Itália...

...vi um menino fazendo voar avião de papel.

17 de mai. de 2011

Incentivo à arte

Hoje fui no Museu Picasso em Barcelona. Um museu quase inteiramente dedicado ao artista, que viveu bons anos nessa cidade. Lá pude ver quadros do pintor desde o início da sua vida até o final dela. Haviam quadros de Picasso desde seus 9 anos. Com essa idade ele já apresentava trabalhos muito lindos. Totalmente diferente do estilo que o fez famoso, mas quadros de uma perfeição incrível para a sua idade. Desde cedo ele se destacou entre os artistas de Barcelona, tanto que, aos 15 anos de idade, concorreu com vários artistas renomados da época em um concurso local.

Fiquei chocada com a idade com que ele começou a pintar, e a pintar tão bem! Eu e a minha mãe inclusive comentamos que não conseguimos imaginar um jovem de 15 anos hoje em dia pintando paisagens e mais paisagens. E isso me fez lembrar o meu tempo de colégio, em que o incentivo à arte era tão pouco. Fazíamos algumas pinturas, colagens, coisas assim, até mais ou menos a quarta série. E depois disso? Temos que começar a estudar história, ciências, física, biologia, matemática, etc.

E o incentivo à outras artes, como a poesia? Será que ainda existem os concursos de poesia que havia no Dohms para os alunos mais novos? Na terceira série do ensino básico participei, e tirei terceiro lugar. Fiquei tão feliz! Foi quando eu comecei a gostar de poesia. Mas por que depois que entramos no ensino fundamental o incentivo é quase zero? Havia uma tentativa (eu acho), que na verdade era quase inútil. Aprendíamos Álvares de Azevedo e Camões nas aulas de literatura no ensino médio. Alguém entendia alguma coisa? Quase nada.

E de repente a obrigação de entender todas as poesias que poderiam cair no vestibular tornou tudo tão chato.

Ainda bem que a poesia desobrigada, a arte sem compromisso, me fez gostar de tudo novamente.

A arte liberta