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8 de set. de 2011

Via Raquel Bins

Dois vídeos incríveis. O primeiro nos mostra de uma maneira divertidíssima a moda em Londres nos últimos 100 anos. O segundo, as características da Global Generation, no caso, a minha. Fico curiosa ao pensar como será a próxima geração.





1 de set. de 2011

Esquecidos


Nosso cérebro possui a incrivelmente estúpida capacidade de esquecer as coisas.

Momentos incríveis, viagens inesquecíveis, são, em parte, "esquecíveis". Lembra-se do seu aniversário, cinco anos atrás, em que você foi naquele restaurante... qual é o nome mesmo? Ah, só pode ser o italiano. Ou será que nesse restaurante foi o seu primo quem comemorou o aniversário? Em viagens, parece que o esquecimento acontece ao chegar na sua cidade de residência. A ordem das cidades visitadas, os passeios, etc, só conseguem ser lembrados com exatidão com a ajuda de fotografias tiradas e guias comprados.

Isso faz sentir-me um pouco impotente diante do nosso próprio sistema biológico. Você claramente lembra de muitas coisas, mas às vezes um amigo lhe conta histórias suas que você já havia esquecido. Você viveu o momento, ele foi marcado em sua memória com um carimbo, mas a tinta foi desaparecendo com os anos. Parece triste não é mesmo? É quase como se pudéssemos diagnosticar mundialmente um suave Alzheimer com espaços de tempo prolongados. 

Mas por um lado, até que esse esquecimento nos faz muito bem. Lembra-se quando você foi super mal naquela prova da escola, na oitava série? Provavelmente você nem lembre mais qual foi o assunto abordado. E aquele namorado que te deu um pé na bunda? Até lembra dele, mas agora não se importa mais com a história. Machucados e roxos na perna você lembra de muitos. Mas quando foi mesmo e aonde? Pelo menos agora não dói mais.

Acredito que para esse caso não-raro não exista uma cura. Esquecimento faz parte do ser-humano. Porém, quantas vezes você fez um caminho de volta pra casa no automático, sem nem lembrar das ruas que passou, ou se a padaria da esquina estava aberta? Esquecer não é ruim, não podemos controlar. Contudo, não olhar em volta e não ter consciência do que acontece, é uma questão de escolha.

18 de ago. de 2011

Conversa de elevador

Acho incrível a maneira como os animais interagem com outros da mesma espécie. Alguns se encontram aos pulos, e calorosamente recebem o novo amigo, outros são mais discretos e preferem apenas dar aquela cheiradinha. Os cachorros fazem a festa quando vêem um outro cãozinho, e juntos brincam, correm e se divertem. Talvez o animal que menos goste de encontrar desconhecidos da mesma espécie seja o ser-humano. Instantes em que esse ser é obrigado a conviver com outro tornam-se, para a maioria, momentos de angústia e desconforto. Que coisa engraçada, é só entrar num elevador com no mínimo um vizinho dentro que a nossa espécie ou ignora a presença do outro, ou tenta quebrar o gelo comentando sobre o tempo.

Prefiro aqueles que conversam sobre banalidades. Esses dias estava lendo um livro no ônibus e, tão concentrava que estava, nem reparei que uma menina havia se sentado ao meu lado. Ao chegar perto da minha parada, fechei meu livro e a menina rapidamente se levantou para dar passagem e se virou de costas para mim. Não consegui ver o rosto dela, mas pela altura e os cabelos, supus que era uma conhecida minha. A vontade dela era tanta de não ter que criar uma situação de "conversa de elevador" que a menina fez um malabarismo para não ser vista. Queremos por vezes simplesmente passar despercebidos, invisíveis por alguns segundos. No elevador com o vizinho que você não conhece bem, no parque quando vê um velho amigo, na faculdade quando encontra ex-colegas, na praia quando você mais quer é descansar, e Deus me livre encontrar o ex-namorado numa festa! E assim vamos criando uma capa invisível, que nos torna um pouco mais sozinhos e um pouco mais aliviados.

Confesso que também passo por essa "fobia de gente" algumas vezes. Mas sinto que falta um pouco de sorriso aos amigos de uma outra época, um pouco de cordialidade com os porteiros, um "tudo bem" com os conhecidos, um aceno aos velhos amigos, enfim, um pouco mais de ser humano e de pensar no outro. Você não acha?

23 de mai. de 2011

E pra ser mais chique ainda...

... não faça fofoca (ou pelo menos, tente não fazer).

Great people talk about ideas,
Average people talk about things,
Small people talk about other people.

Fonte desconhecida.

Ser Chique Sempre

Esse texto tira as palavras da minha boca. Já havia lido há tempos, mas ultimamente tem feito mais sentido do que nunca.


Ser Chique Sempre


Por Glória Kalil


"Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo
 carro Italiano.
O que faz uma  pessoa chique, não é o que essa pessoa tem,

mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.


Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
Chique mesmo é não parar na faixa de pedestre.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às
pessoas que estão no elevador.

É lembrar do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer,

ainda que você seja o homenageado da noite!

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo,

de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar,
 na mesma forma de energia.
Portanto,
 não gaste sua energia com o que não tem valor,
não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar
e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!


Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas amor e fé nos tornam humanos!"

Na Itália...

...vi um menino fazendo voar avião de papel.

17 de mai. de 2011

Incentivo à arte

Hoje fui no Museu Picasso em Barcelona. Um museu quase inteiramente dedicado ao artista, que viveu bons anos nessa cidade. Lá pude ver quadros do pintor desde o início da sua vida até o final dela. Haviam quadros de Picasso desde seus 9 anos. Com essa idade ele já apresentava trabalhos muito lindos. Totalmente diferente do estilo que o fez famoso, mas quadros de uma perfeição incrível para a sua idade. Desde cedo ele se destacou entre os artistas de Barcelona, tanto que, aos 15 anos de idade, concorreu com vários artistas renomados da época em um concurso local.

Fiquei chocada com a idade com que ele começou a pintar, e a pintar tão bem! Eu e a minha mãe inclusive comentamos que não conseguimos imaginar um jovem de 15 anos hoje em dia pintando paisagens e mais paisagens. E isso me fez lembrar o meu tempo de colégio, em que o incentivo à arte era tão pouco. Fazíamos algumas pinturas, colagens, coisas assim, até mais ou menos a quarta série. E depois disso? Temos que começar a estudar história, ciências, física, biologia, matemática, etc.

E o incentivo à outras artes, como a poesia? Será que ainda existem os concursos de poesia que havia no Dohms para os alunos mais novos? Na terceira série do ensino básico participei, e tirei terceiro lugar. Fiquei tão feliz! Foi quando eu comecei a gostar de poesia. Mas por que depois que entramos no ensino fundamental o incentivo é quase zero? Havia uma tentativa (eu acho), que na verdade era quase inútil. Aprendíamos Álvares de Azevedo e Camões nas aulas de literatura no ensino médio. Alguém entendia alguma coisa? Quase nada.

E de repente a obrigação de entender todas as poesias que poderiam cair no vestibular tornou tudo tão chato.

Ainda bem que a poesia desobrigada, a arte sem compromisso, me fez gostar de tudo novamente.

A arte liberta

13 de mai. de 2011

Eu odeio excursões


Deixo aqui registrado o meu desgosto por excursões e grupos de turistas.

Há dois dias atrás resolvemos visitar a cidade de Brugges, na Bélgica, com uma empresa de turismo aqui de Paris. O ônibus sairia de Paris às 7h da manhã, com volta prevista para 19h (o detalhe: chegada em Paris às 19h, e não saída de Brugges às 19h).

Porém, para chegar até Brugges, o ônibus leva em torno de 4h. Ida e volta: 8h de ônibus. Tempo em Brugges: em torno de 3h.

Almocei, vi a igreja e comprei um chocolate. E depois tive que correr pra pegar o ônibus da volta. Triste, uma cidade tão linda, poderia passar o dia inteiro lá.

10 de mai. de 2011

Minhas observações sobre o estilo dos franceses (2)

10) Elas não usam brinco. Ou pelo menos não usam brincos compridos e chamativos. No máximo uma bolinha, um brilhante, um pingente pequeno.

Hoje em Paris vi uma menina que parecia muito brasileira: cabelos compridos, mechas loiras, chapinha e brincos dourados compridos. O namorado também parecia brasileiro: pólo listrada. Me chamou atenção os brincos da menina, fazia tempo que não via aqui pela França. Aliás, deixei todos os meus no Brasil e acho que não vou conseguir voltar a usá-los novamente.

Na estação de trem Saint-Charles

Todo viajante tem histórias para contar. Não adianta, nunca vamos acertar todas as programações, e sempre algo vai sair de uma maneira inesperada. Dessa vez foi comigo, minha mãe e a amiga dela, Tânia, num passeio que não poderia dar errado. 
Como eu era a “guia turística” do grupo (já havia visitado as cidades que passaríamos nos primeiros dias), resolvi levar as meninas a Aix en Provence. Pensei em fazer um passeio no início da noite, com direito a uma janta em alguma pizzaria quando escurecesse. As opções de transporte de Marseille até Aix eram ônibus ou trem. Como na volta já estaria tarde, pensei que talvez seria melhor ir de trem, já que o horário seria fixo e não precisaríamos esperar na parada de ônibus até o ônibus da noite chegar. 
Oba, tudo certo, o trem chegaria às 20h05. Quando olhamos na tela com os horários e as plataformas em que deveríamos nos posicionar, surpresa: um atraso de 20 minutos. Tudo bem, menos 20 minutos em Aix. Passado alguns minutos, a tela muda para “atraso de 30 minutos”. Já começamos a ficar com receio de ficar pouco tempo em Aix, já que a passagem de volta já estava comprada para aproximadamente 22h. Mas felizmente o trem chega com um atraso de mais ou menos 20 minutos. O único problema foi que, quando entramos no vagão, o trem não saía do lugar! Estávamos nós três e mais uma francesa no primeiro vagão, achando aquilo muito estranho. Passaram mais alguns 20 minutos e o trem começa a andar bem devagarinho. Tânia brinca: deve estar indo pra garagem.
E não é que estava mesmo? Após andar uns 2 minutos bem devagarinho, o trem pára no meio do nada, e desliga as luzes. E agora? As luzes ligam-se novamente. Passam dois homens por nós, funcionários da estação de trem, olham pra gente, dizem algumas palavras e saem com um sorriso sarcástico no rosto. Mas ainda como todo turista perdido, pensamos que talvez o trem começaria a andar novamente. Esperamos mais alguns minutos. Minha mãe então decide ir no banheiro, e para a nossa surpresa, não havia ninguém nos outros vagões. Ninguém! Agora sim, estávamos na garagem da estação de trem Saint-Charles. Começamos a andar pelos vagões à procura de alguém que pudesse nos explicar o que havia acontecido. A francesa também já estava preocupada e começa a nos seguir. Decidimos então sair do trem (ainda bem que as portas abriam) e falar com algum funcionário da estação de trem que andava por ali. Ele nos aconselha voltar à estação caminhando pelo meio dos trilhos. E lá vamos nós. Quase uma hora depois da hora que o trem deveria ter saído, chegamos à estação de Marseille novamente!
É, melhor ficarmos por Marseille essa noite mesmo.
P.S.: Conseguimos reembolso, mas até agora não sabemos o que aconteceu.


9 de mai. de 2011

Linha tênue

Às vezes
um reflexo na janela nos impede de ver o que há do outro lado.

Às vezes,
o reflexo de nós mesmos nos impede de ver o que há dentro de nós.

30 de abr. de 2011

O misterioso homem do sobretudo preto

Lembrei do primeiro dia que eu resolvi escrever por escrever, escrever para marcar um momento. Eu devia ter uns 14 anos e passei por um dia que, pra mim, foi totalmente fora do comum. Depois à noite, quando cheguei em casa, contei toda a história pra minha mãe, e peguei um caderninho e comecei a escrever tudo que havia se passado comigo e as minhas amigas. Hoje, já não sei onde estão as páginas que eu escrevi. Provavelmente devo ter achado alguns anos depois e ter pensado: que bobo. E, provavelmente, seguindo o espírito de limpeza da minha mãe, coloquei no lixo minha historinha. Mas ainda lembro algumas coisas, e lembro muito bem que eu cheguei em casa feliz com as surpresas que me tinham acontecido.

Era um dia comum, e eu e as minhas amigas fomos no shopping passear. Rita, Camila e Andressa, se não me engano. (Gurias, me ajudem com os detalhes). Estávamos no Bourbon Country, olhando as bijuterias em alguma das lojas típicas que tem em todos os shoppings em Porto Alegre. De repente, entra um homem de sobretudo preto e um chapéu antigo da mesma cor, ele pára ao meu lado, olha as "bijus" como se nada estivesse acontecendo, e pega um monte de brincos da arara e esconde em baixo do casacão. Logo depois, o senhor sai da loja. Eu fico olhando para a porta da loja, por onde o homem recém havia passado, me perguntando: "Que estranho, porque esse homem saiu assim, será que ele trabalha aqui?". E essa foi a pergunta que eu fiz à vendedora da loja. E ela, obviamente, respondeu que não, aquele senhor não trabalhava na loja. Então eu avisei que eu achava que ele tinha roubado várias peças da loja, e ela logo avisou o segurança do shopping, e em minutos eles já estavam correndo atrás do homem. Um tempo depois, chegou a polícia, e o senhor misterioso foi abordado em um canto. Eu e as minhas amigas estávamos muito emocionadas, éramos as salvadoras da pátria. Na hora de voltar para casa (essa parte da história eu já tinha quase esquecido), eu e a Rita tivemos que esperar a lotação embaixo de chuva e vento, o que inclusive fez virar nosso guarda-chuva ao contrário, e vários meninos que também estavam na parada de ônibus começarem a rir da gente. Quando chegou a lotação, entramos, mas, por um nome, erramos o destino e eu só me dei conta que estávamos indo pro lado errado quando entramos na Farrapos. Sim, liguei para minha mãe e ela diz: "Pois é, essa lotação vai para a rodoviária!". Ligo para meu pai então: "Pai, você pode me buscar na rodoviária?". E ele diz que sim, já irritado por ter que sair de casa domingo de noite na chuva. Eu a Rita então, já na rodoviária, resolvemos passar nosso tempo dentro de uma lanchonete. Pedimos uma água, ou algum refrigerante, e ela veio num copinho de cachaça, muito "chique", junto com a trilha sonora de algum programa da Globo que passava na televisão do local. Nós ríamos muito.

Foi um dia atípico que provavelmente foi assunto principal na segunda-feira de manhã no Dohms. E é engraçado como a gente esquece muitos detalhes. Fiz um certo esforço para lembrar de vários deles, que talvez em alguns anos eu teria esquecido. Mas o motivo principal pelo qual reescrevi essa história, foi pelo simples fato de que a gente consegue reviver alguns momentos bons quando os lê novamente, ou mesmo quando conversa sobre eles. É bom lembrar essa amizade sincera que a gente tinha, que mudou muito nos anos que se passaram.

Um beijo especial para "as sete". Daqui a pouco estou voltando...

25 de abr. de 2011

Greves francesas

As famosas. Hoje cheguei de Londres, e na hora de pegar o ônibus para casa, em Marseille já, vi um cartaz dizendo que das 16h até as 18h os ônibus estariam operando somente 50% ou 60% das suas saídas/linhas. E eram 17h recém. Já coloquei a mochila no chão e me preparei para esperar por volta de uma hora. Mas sorte minha que ele passou em uns 15 minutos. Mas agora eu já posso dizer que passei pelas greves francesas! A primeira em 6 meses.

24 de abr. de 2011

Distorção

De tempos em tempos, eu compro revistas de moda, e adoro ficar olhando principalmente as propagandas e os editoriais de moda, as fotografias belíssimas e as modelos, atrizes e famosas mais lindas ainda. Nunca tinha percebido o quanto essas pequenas (ou grandes) influências do dia-a-dia moldavam tanto a minha percepção das coisas. Alguns dias atrás, eu estava no ônibus, em Londres, e entrou uma mulher com uma roupa muito bonita. Calça pêssego, uma blusinha soltinha bege e, se não me engano, um colete bem estiloso, com uma cor muito linda que combinava com a calça. Ah, e uma sandália marrom. O conjunto inteiro combinando, e, para completar, ela tinha os cabelos brilhosos e bem arrumados também.

Mas por um milésimo de segundo eu pensei: "Ah, mas... se bem que ela tem pernas grossas, não ficou tão bonito assim". Como se, para o conjunto inteiro ficar perfeito, ela precisasse ter um corpo de modelo de revista. E não, ela não era gorda. Ela simplesmente não era skinny. Mas dessa vez, foi como se eu pudesse ouvir o absurdo que eu tinha pensado. Como se eu pudesse girar um botão em minha mente, eu vi que sim, ela estava perfeita. O padrão de beleza vigente aparece tão forte em todo tipo de mídia de moda e beleza que muda nossa forma de ver o mundo sem percebermos.

Hoje fui no museu Victoria and Albert em Londres, e vi a exposição "The Cult of Beauty". Mostrava uma época em que os pintores e artistas começaram a produzir quadros e evoluir na arquitetura pela simples beleza que ela pode representar. The art for art's sake. E sim, lá estavam elas, em meados dos anos 1800, mulheres cheinhas sendo pintadas como deusas. E realmente eram lindas, de acordo com o padrão de beleza vigente da época. 

Quando será que o padrão saudável entrará na moda? Cada vez mais eu sofro menos em frente do espelho, por simplesmente não tentar me comparar com uma propaganda de revista, que na maioria das vezes nos mostra uma imagem completamente irreal. 

Sejamos um pouco mais United Colors of Benetton, mais campanha Dove, pela real beleza da mulher. Sejamos mais realistas.





16 de abr. de 2011

A diferença que um sorriso faz

Cheguei em Marseille no dia 04 de janeiro. Dia 05 de abril, três meses depois, parti em direção à Londres. Somente havia saído da França para fazer rápidas visitas à Espanha, mas no geral vivi em terras francesas desde que pisei na Europa. 

Em Londres decidi ficar 10 dias, tempo de sobra para conhecer os pontos turísticos, suficiente para começar a conhecer a cidade e pouco para realmente vivê-la. O que mais me impressionou nos primeiros dias em que cheguei na cidade foi a simpatia e o sorriso no rosto das pessoas. Quando chegava em qualquer estabelecimento comercial, todos diziam a mesma coisa: "Hi, How are you?". Ou às vezes somente: "How are you?". Ficava meio boba no início, nem sabia o que responder, afinal, por que o caixa do supermercado gostaria de saber como eu estava naquele dia? Respondia sempre num tom de dúvida: "Fine... and you?". Cheguei inclusive a comentar com a Camila esse detalhe que me chamou atenção, e ela me explicou que essa é a maneira de eles dizerem "Oi". Percebi que acabei me acostumando com o jeito mais frio de se comunicar com os desconhecidos na França. Quando vou no supermercado na minha cidade, posso ouvir um Bonjour, Au revoir e só. Afinal, perguntar como você está seria muito invasivo.

Na hora em que fui pagar as compras na Topshop, o caixa foi tão simpático que conversamos inclusive sobre o fato de que ele tem como sonho visitar o Brasil. Conversei também com outras pessoas durante a viagem, e esse jeitinho sempre fazia com que eu deixasse um sorriso escapar.

Um sorriso e uma frase tão simples, que fizeram toda a diferença.

13 de abr. de 2011

Sol e Londres

Hoje fez um dia feio em Londres. Depois de quase 10 dias de sol e temperatura agradabilíssima, decidi ficar essa manhã escrevendo um pouco sobre essa cidade incrível.

Foi no domingo que eu me apaixonei por Londres. Decidi acordar cedo e ir em duas feiras que a Duda havia me indicado: Columbia Flower Market e Brick Lane Market. Depois de quase uma hora tentando achar o lugar (a linha de metrô que eu deveria pegar estava fechada bem no trecho que eu deveria parar), cheguei em Columbia Street. Foi fácil, foi só seguir o sentido contrário de quem passava por mim carregado de flores. A feira, lotadíssima, era uma brisa de cultura e beleza. Tudo nela tinha cor, tinha algo de diferente. Saí de lá com os olhos mais vivos, e chegando em Brick Lane quase pirei. Pra chegar em Brick Lane não peguei o mapa. Sabia que deveria ir em certa direção, e fui. Quando comecei a ver mais movimento de novo, sabia que estava no lugar certo. Essa outra, novamente, lotada. Lotada de gente jovem, gente diferente, gente com estilo. Nunca tinha visto tantas lojas de brechós juntas. E tão grandes! Já haviam me avisado que o estilo londrino também é meio maluco, mas quando cheguei em Brick Lane parecia que havia entrado em um blog de moda. Estava vendo mulheres esguias usando as últimas tendências sem medo, e ninguém ficava olhando, ou encarando as meninas como se elas tivessem vindo de outro planeta. Elas simplesmente faziam parte daquele meio, estavam tão inseridas que a arte nas paredes combinava com os vestidos, pernas de fora e casacos vintage.

Cheguei em casa, cansada, mas meio abobada. Eu simplesmente nunca tinha visto tanta gente junta, saindo de uma feira, indo para outra, entrando em outros mercados, por toda parte. E tanta cultura junto. Tudo em um simples domingo de sol.

Ah, Londres. Não sei se é a primavera, mas a sua simpatia me conquistou.

29 de mar. de 2011

Sobre o ato de escrever

Nunca tive o sonho de ser escritora, muito menos tive a vontade de fazer jornalismo. Acredito que eu nunca havia parado para escrever um texto sobre um assunto qualquer até eu criar o blog. Claro que trabalhos da faculdade, ou as padronizadas redações do vestibular, muito escrevi. Mas sempre havia alguém por trás que iria me corrigir, as vírgulas, a pontuação, a introdução, desenvolvimento, conclusão.

Precisei chegar tão longe para descobrir a nobreza da escrita. Seguindo conselhos do Thomaz, comecei a escrever aquilo que eu sentia. Quando eu me sentia mal, bastavam alguns minutos de escrita que as dores saiam de mim em forma de palavras. E elas não só saiam, elas também se fixavam na tela do computador, esclarecendo todos meus anseios e livrando-me deles dessa forma.

O mesmo acontece com as coisas positivas que eu vivo. Quando as compartilho, fico feliz por receber comentários dos meus amigos e família, sei que então toquei eles de alguma maneira e pude proporcionar um pequeno instante do que eu vivo e penso. Fico mais feliz ainda quando sei que fiz alguém refletir comigo sobre determinado assunto.

Por mais que escrever seja um ato solitário, como me sinto mais completa quando compartilho meus textos.

E assim vou indo, aos poucos me descobrindo.

28 de mar. de 2011

Inspiração

Às vezes ela aparece,

pulsa e grita: Vem comigo!

Ou eu vou sozinha - ameaça.

E a proposta sempre me parece irresistível...


27 de mar. de 2011

Primavera



Porque é primavera,

Te amo, é primavera

Te amo, meu amor



Minhas observações sobre o estilo dos franceses (1)

Não sou expert em moda, não conheço todas as últimas tendências, e o meu fashionpedia é o blog da Julia Petit. Contudo, posso apontar alguns detalhes do estilo das francesas que me chamaram a atenção nesses três meses. E quanto a essas observações, não estou falando das roupas usadas pelas fashionistas, e sim do estilo das meninas e meninos que eu convivo na escola em que eu estudo (escola de business privada de classe média-alta).

Aqui estão, 9 observações que, juntas, fazem toda a diferença.

1) O clássico é eterno:
Se você olhar para uma multidão de jovens no inverno, vai notar que as principais cores usadas são: preto, marrom, azul marinho e cinza. Para alguns pode parecer muito triste, mas não tem como negar que essas cores não tem erro e ficam bem na maioria das pessoas. O corte dos casacos de lã é aquele que deixa toda mulher elegante: bem cortado, estruturado, preto, comprimento abaixo da cintura.

2) Menos é mais:
Em vez de combinar todas as estampas e cores possíveis para, quem sabe assim, conseguir criar um look harmonioso, elas apostam em peças simples, normalmente no mesmo tom, que combinem entre si. Vulgaridade também está fora. Pernas sempre com meia-calça, blusas sem decotes chamativos e roupas que não sejam muito coladas no corpo.

Cena na praia de Cassis

3) Maquiagem discreta:
Elas usam pouca maquiagem. É comum ver o clássico lápis preto nos olhos. E só.

4) Cabelos naturais:
Chapinha é difícil de ver no dia a dia. O comprimento é o médio e a cor também é natural.

5) Manicure:
Unhas? Desculpe Colorama, Sephora e todas as outras incríveis marcas de esmalte, mas unhas sem esmalte é o mais comum de se ver por aqui. E eu não acho que seja porque as manicures são relativamente mais caras, já que eu notei que quem tem as unhas mais compridas, coloridas e detalhadas são as meninas de classe baixa.

6) Os sapatos definem quem você é:
Tênis é usado para correr e praticar esportes. Afinal, não é pra isso que ele serve? No dia-a-dia, botas, sapatinhos oxford e tênis de passeio são os mais comuns de se ver. Para os homens, sapato e mocassim é o que se usa num dia comum. Ainda não vi nenhum tênis Nike Shox aqui, ufa!

Quer saber a qual classe social uma pessoa pertence? Olhe para os seus sapatos e você descobrirá.

7) Meninos sem vergonha de terem estilo:
Eles não tem medo de usar roupas mais arrumadas no dia-a-dia, pois simplesmente todos se vestem assim. Se você vai numa festa, encontrará muitos usando camisa, colete, blusas mais arrumadas, com cortes diferentes, sobreposições clássicas, sapato de couro, mocassim, lenço no pescoço, etc. E não, eles não são gays. É típico de gaúcho fazer piada do menino que está mais arrumado em alguma ocasião. Mas meninos, por favor, não se acanhem, e apostem mais no estilo de vocês.

Pasmem, mas eu ainda não vi nenhuma camiseta polo listrada com jeans e tênis. Ufa, mais uma vez!

8) Feminilidade:
Vestidos e saias sem restrição. Como é difícil ver uma menina usando uma calça boyfriend com tênis!

9) Como viemos ao mundo:
Mulheres mais velhas cultivam suas rugas com mais naturalidade e muitas delas inclusive cultivam um cabelo branco com um corte moderninho. Não são esticadas, tem um bronzeado natural, não costumam passar por tantas cirurgias quanto as brasileiras e silicone não é comum. Talvez esse seja um dos motivos que faz com que as francesas sejam tão charmosas: elas são felizes com o que tem. Se cuidam, claro, mas não se martirizam por não serem perfeitas. E esse ar de "estar de bem com a vida", é muito elegante.

26 de mar. de 2011

Alpargata de renda



Simplesmente amei.

H&M 12,95 euros.

Para minha surpresa

Ontem à noite resolvi ir à Brazilian Party, festa organizada por algumas associações estudantis da faculdade em que eu estudo. O objetivo era mostrar o verdadeiro carnaval brasileiro. Obviamente que de brasileiro não tinha nada. Eles tocaram umas 3 músicas em português, uma delas com português de Portugal, e as outras eu nunca tinha ouvido tocar. Mas até aí tudo bem.

Chegamos na festa por volta da 1h da madrugada, e a festa estava vazia. Normal, pois eu já sabia que lá pelas 2h é que começaria a ficar melhor. Na pista haviam algumas pessoas dançando e um grupo de uns 6 garotos usando a camiseta oficial do Brasil de futebol. Achei legal, pelo menos alguém além de mim para representar o País. Eis que um desses meninos vem falar comigo e com as minhas amigas lituanas. Começa falando inglês e chegando muito perto para conversar, invadindo o nosso espaço físico. Logo começo a falar em português, para que ele não fique importunando a todos, talvez só a mim. Então ele começa a falar que a festa está uma merda, que as festas da minha faculdade eram uma merda, que eles não sabem fazer festa, etc. Tentei explicar que era cedo, e que normalmente as festas que tem mais gente são as festas na quarta-feira, mas o querido não quis me escutar. Depois perguntou de onde vinham as minhas amigas, e eu prontamente respondi com um sorriso que elas vinham da Lituânia, afinal foi um dos povos mais simpáticos e divertidos que eu conheci aqui. Foi só dizer essa palavra mágica que ele me perguntou se elas eram putas, prostitutas: "Elas só podem ser, porque quem vem da Lituânia e desses países do leste europeu  pode ser prostituta". Depois de repetir isso mais ou menos umas 3 ou 4 vezes, acho que ele olhou o meu olhar de espanto e disse: "Tudo bem, talvez as suas amigas não sejam prostitutas".

Em dois minutos de conversa ele conseguiu falar mal da minha faculdade, das festas dos meus colegas, das festas que os franceses participam e, o pior de tudo, das minhas amigas.

Ignorância também é um estado de espírito. Um intercâmbio realmente pode ser muito bom para expandir nossos horizontes e quebrar paradigmas e preconceitos, mas apenas se você estiver disposto à fazer isso.

Nós não somos piores nem melhores que o povo da Lituânia. Brasileira também costuma ter fama de prostituta em Portugal e na Espanha. Só por isso quando eu visito esses países significa que eu também sou prostituta? Por favor, brasileiros no exterior, não me decepcionem mais.

25 de mar. de 2011

Malandragem

Malandragem não é exclusiva de brasileiro (para aqueles que pensam). A seguinte cena aconteceu semana passada:

Estava indo no supermercado de ônibus. Aqui, diferente do Brasil,  não tem cobrador e o passageiro compra a passagem com o motorista de ônibus. De vez em quando passam os fiscais e conferem o ticket de todo mundo. Isso todo mundo já sabe. Claro que sempre tem aqueles que não querem pagar 1,50 euros, especialmente os jovens. Então ou a pessoa não paga na cara dura, e se o fiscal vem até tenta negar, ou a pessoa tenta dar um jeitinho: compra um ticket reserva, e fica cuidando se os fiscais estão na próxima parada de ônibus. Se ao longe ele vê os fiscais, saca o ticket do bolso e valida rapidamente antes de os fiscais entrarem. Eu achando que até que era uma ideia inteligente, e sacana, óbvio. Até que um menino fez exatamente isso no ônibus e os fiscais, que não são bobos, viram! O menino tentou negar tudo, e sem sucesso, teve que pagar uma multa básica que deve custar por volta de 30 euros e foi expulso do ônibus, o que eu considero o maior mico.

Vale a pena passar por cima das regras por tão pouco?

No Brasil, será que esse sistema funcionaria? Se a fiscalização realmente fosse eficiente, eu prefiro acreditar que sim. Aqui em Marseille, não tem mês em que os fiscais não entram no ônibus para fazer o seu trabalho. Inclusive nos últimos ônibus, à meia noite! E isso faz com que a pessoa que não valida o seu ticket fique temerosa de que os fiscais entrem. É fácil ver quem pagou, e quem quer passar por malandro. Ou a pessoa está tranquila, aproveitando a sua viagem, ou ela está sempre olhando para a rua, nervosa.

Sempre tenho o meu passe de ônibus comigo. Viagem sem estresse, e sem mico.

23 de mar. de 2011

Quem disse...

...que preto e azul marinho não combinam? Ou que, ou você usa preto, ou você usa marrom?

Essas dicas até podem se aplicar a determinadas situações, mas não pode ser generalizada. O exemplo abaixo nos mostra exatamente o contrário: preto, azul marinho e marrom, tudo junto, tudo misturado, tudo ao mesmo tempo!

Aproveitem e apostem nas cores clássicas, que deixa qualquer mulher elegante.

 Keira Knightley
Fonte: Blog Julia Petit



Meu desenho

18 de mar. de 2011

Diferenças culturais entre os alemães e os chineses


Acima, vídeo mostrando as diferenças culturais entre os alemães e chineses.

Não consegui colocar o vídeo no blog, mas para quem tiver interesse, esse é um vídeo curto que envolve muitas diferenças culturais com explicações muito mais profundas. Foi indicação da professora da matéria de Intercultural Management. Em aula paramos cada slide e avaliamos o por quê dessas diferenças. Adorei o vídeo.

Diferenças

Quando eu saí de Porto Alegre, eu não tinha noção do quanto viajar e conhecer outras culturas iria abrir meus horizontes. Mas foi com esse objetivo principal que eu vim para a França. Não estou preocupada em ir super bem nas cadeiras (desculpa, UFRGS!), nem em viajar toda e Europa em um mês. Devagarinho vou conhecendo melhor cada nacionalidade que encontro, e cada vez que eu paro para conversar com alguém de um país diferente, me assusto comigo mesma, com a minha ignorância perante o mundo. Não somos nós que dizemos que o mundo é tão pequeno? Ele é tão grande ao mesmo tempo! Se você se irrita quando falam que a língua oficial do Brasil é o espanhol, te faço uma pergunta rápida: você sabe qual é a língua falada na Lituânia e na Letônia? E na Estônia, então? E eles também não gostam quando você acha que todos eles falam russo ou lituanês, ou outra língua que a sua imaginação criar!

Percebi nesses meses que se passaram que tem algumas culturas que eu me relaciono mais que as outras. Pode ter sido o acaso que me fez me relacionar com essas nacionalidades primeiro do que as outras, mas minhas amigas mais próximas são norueguesas, finlandesas, suecas e polonesas. Nada de latino-americanos, para o meu espanto. Inclusive, generalizando, os latinos são os que mais me deixam desconfortáveis quando estou perto; eles falam alto, são expansivos e se relacionam basicamente com o seu grupo de amigos. Claro que conheci algumas pessoas incríveis, por outro lado; um colombiano, com um inglês impecável, sociável e polido. Além de outros latinos, brasileiros também, que viraram meus amigos e eu gosto muito.

Os norte-europeus me ensinam muito no dia a dia. Pontualidade, discrição, validação das regras e leis. No Brasil eu até posso ser pontual se um compromisso é marcado para as 10h, e eu chego às 10h. Aqui, dependendo do compromisso, se eu chegar às 10h, as portas estarão fechadas. Entre outras coisas. É tão bom poder aprender alguns detalhes que nenhuma cadeira da faculdade irá te ensinar. Se fosse colocar todos aqui acho que eu ficaria a tarde inteira escrevendo.

E você? Está aberto ao mundo? Ou ainda mantém os seus preconceitos com culturas diferentes das suas?

22 de jan. de 2011

Os franceses...

Qual é o estereótipo que você tem dos franceses? Depois de quase um mês convivendo com vários deles, já pude mudar um pouco a ideia que eu tinha sobre essa cultura antes de vir pra cá. Algumas características se encaixaram perfeitamente: são magros, bem vestidos, fumantes desde cedo, comem baguete e queijo, etc. Ainda não encontrei um francês obeso aqui. Posso ter visto alguns poucos que estão levemente acima do peso. O estilo, bom, esse merece uma postagem à parte. Clássico e chique, até agora não encontrei nenhum francês ou francesa mal vestido. A cultura do fumar aqui é muito forte também. Tanto que em cada lugar fechado que você vai, você vai encontrar um sinal avisando que não pode fumar. Inclusive nas salas de aula: proibido comer, beber e fumar.

Um estereótipo que você entende melhor quando vem aqui é o de que os franceses são antipáticos e nojentos. É apenas uma diferença cultural. Enquanto no Brasil estamos acostumados a jogar sorrisos para todos os lados, inclusive com pessoas que não conhecemos, aqui eles não sorriem para qualquer um. Imagine também viver num dos Países com o maior número de turistas por ano, e cada esquina que você vai alguém pergunta a direção de algum ponto turístico (ok, se aplica mais a Paris). Eu fiz vários amigos franceses e eles são muito simpáticos e divertidos. Adoram sair, fazer festa. Boêmios até não poderem mais.

E se são fedidos? Ainda não encontrei nenhum francês fedido por ai... Na verdade, já senti um cheirinho de asa em lugares muito cheios e quentes, como um pub e tal, mas não posso dizer se era um francês ou um estrangeiro, pois estávamos num grupo grande de pessoas do mundo inteiro.

E Marseille? Bom, não venha para cá pensando que vai encontrar um lugar chiquérrimo e lindo. É uma cidade muito antiga, mediterrânea e portuária. Ela é suja e nem tudo funciona perfeitamente como em outras cidades. Mas ela tem um clima diferente de outras cidades... É mais despojada, o povo é não é tão sisudo e todos esperam calorosamente pelo verão, que é muito quente e pelo jeito, divertido. Às vezes a cidade me lembra Porto Alegre... Anyways, agora vou visitar os famosos calanques, que estão a 30 minutos da minha residência. Estou ansiosa para ver... Quem não sabe o que é, ponha no google "calanques, marseille" e você terá uma noção. Depois eu coloco as fotos e confirmo se tudo isso mesmo!

5 de jan. de 2011

Primeiros dias em Marseille

Bonjour, Brésil! Cheguei ontem em Marseille após uma longa e cansativa viagem. Saí de Porto Alegre às 18h e cheguei em Marseille perto das 15h. Em casa mesmo, apenas lá pelas 19h. Ufa! Quando cheguei em Paris, na hora de pegar a mala, onde está ela? Aparentemente a Gol etiquetou mal a minha mala, e depois de quase 1h, a atendente conseguiu me entregar a mesma. Ainda bem que eu tinha 3h para chegar até o outro aeroporto de Paris: Orly. Tive que pegar um ônibus do Charles de Gaulle à Orly, que levou aproximadamente meia hora, e cheguei a tempo para o voo a Marseille. Do aeroporto de Marseille à estação de trem, mais um ônibus de meia hora, e quando cheguei na estação de trem, alguns estudantes me ajudaram a chegar ao meu quarto. Eles eram os responsáveis por pegar as chaves e nos entregar, porém justo a minha chave havia sumido. Com quem estava, ninguém sabia. Mais alguns minutos esperando... No fim, tudo deu certo.

Hoje já fui no supermercado, já conheci pessoas do mundo inteiro, inclusive uma polonesa que me ensinou a falar meu nome corretamente (rustchéc). Aha! Já paguei o aluguel, arrumei minhas coisas, descobri várias informações importantes, enfim! Tudo vem correndo bem. Com o tempo eu coloco mais fotos, ainda não passei pelos pontos mais bonitos da cidade. O meu quarto também é bem legal, tem até uma sacada com vista para as árvores. Nossa, tem muuuuuita árvore aqui, e tá frio! Aliás, estou ralada, porque descobri que a energia gasta pelo aquecedor do quarto é cobrado na conta de luz, e que aqui a eletricidade é muito cara. Uma menina que mora aqui faz um tempo disse que ela não usa mais aquecedor por causa do preço. Porém 4 graus é bem friozinho.

Beijos franceses!

Ah, e aqui tem Sephora. e H&M. Estou louca para descobrir esses pontos turísticos femininos hehe